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quarta-feira, 3 de abril de 2013

O JOVEM CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO


O JOVEM CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO
Arthur Nantes de Alencar[1]

1.    INTRODUÇÃO

Uma das grandes questões para o cristão evangélico, mais especificamente assembleiano, é a sua relação com o mundo e como viver em uma sociedade corrompida que perdeu os valores éticos e morais, caindo no absurdo do relativismo em busca do seu próprio ideal. Assim, muitos cristãos estão perdidos no sentido de que não sabem como agirem e viver neste mundo sem compactuar com ele, alem do mais, muitos são oprimidos pelo sistema religioso, que equivocados, prendem o cristão em seu reduto dizendo ser pecado se relacionar com a sociedade na qual vive em grande tempo de confusão e distanciada dos princípios bíblicos.
Este estudo, portanto, visa refletir um pouco sobre este assunto e ajudar os cristãos, principalmente jovens, sobre a vontade divina do nosso viver. Partindo disto, será usada a seguinte metodologia: em primeiro lugar, faremos uma breve apresentação no contexto atual e os seus desafios para a igreja; depois o que o cristão deve fazer para viver com a sociedade e por ultimo aspectos bíblicos para o viver cristão.

2.    CONTEXTUALIZAÇÃO
Mudanças de visões de mundo, pensamentos e ideologias são constantes no período histórico sociológico da humanidade. È importante diante destas mudanças no mundo, a igreja estar sintonizada para tudo o que acontece, e o que tem se passado na mente da sociedade nos dias hoje.
A sociedade tem passado por um período considerado e denominado por muitos sociólogos e pensadores como o período da pós-modernidade, não no sentido de uma evolução do modernismo do Iluminismo, mas como um período que rejeita seus ideais e princípios, a pós-modernidade foi uma ruptura contra o projeto moderno. Para entender mais sobre o que é isso devemos relembrar que o modernismo foi o movimento da “explosão da razão”, na qual o homem pelos avanços da sociedade e da razão ser humana, este deificou a razão e por conseqüência elevou o homem ao lugar mais alto. Através disto que se teve a ideia da “Morte de Deus”[2], com o avanço técnico e cientifico em alta, não seria necessária mais uma divindade intervindo para o bem do homem, dava-se inicio o progresso, lema da modernidade.
Porem, não foi bem isto que aconteceu, a crença no progresso pela razão humana  falhou, o poder da razão em grandes catástrofes na natureza para a busca do crescimento do poder humano e também a razão levou homens como Hitler[3] em idealizar uma sociedade perfeita, fez o que fez matando grande numero de pessoas, acontecimento que marcou o mundo ate hoje e nos entristece ate hoje quando estudamos os acontecimentos desta época.
Bem, como vimos a modernidade falhou, e foi sobre estes aspectos que surgiu o homem pós-moderno. A pós-modernidade rejeita todos os fundamentos da modernidade, como também sua crença num mundo perfeito rumo ao progresso.  Assim surge o homem pós-moderno, sem fundamentos, incrédulos e irracionais, a pós-modernidade, portanto se caracteriza pelo relativismo, não existe mais verdades absolutas; pluralismo, pluralidade de ideias. Em uma linguagem popular, o homem pós-moderno “chuto o balde”, não acredita em mais nada, busca apenas o que lhes satisfaz naquele momento, são eles narcisistas e hedonistas.
Diante deste agravo, surgi então os famosos movimentos, os hippies são um exemplo interessante deste movimento, a despreocupação com a vida. Isto repercutiu para que a sociedade perca seus valores éticos, morais, hoje tudo se pode, e você não será mais criticada pelo o que você fazer, o que era completamente errado e indigno antes hoje já não é mais, como exemplo disso é o consenso para a aceitação do homossexualismo. Resumidamente a sociedade de hoje, influenciada por este novo movimento, prega o seguinte: “Viva! Sem ligar com o que vem amanha, não se desgaste em procurar o que é verdade e o que é certo, isso não da certo, se esqueça do que os outros pensam, apenas vivam para satisfazer suas vontades.”

3.            O CRISTÃO VIVENDO HOJE

            Como foi visto a sociedade hoje, tem se desviado totalmente do ideal divino, da moral, da ética e da verdade absoluta. Pensando nisto, fica difícil tentarmos pensar em uma relação do jovem cristão com a sociedade  de hoje, mas o que a igreja deve fazer e agir diante destas verdades. Para uma resposta para esta questão devemos fazer algumas reflexões e também analisarmos biblicamente sobre o que Deus deseja que façamos.
            Em primeiro lugar, a pós-modernidade é um desafio para a igreja, é necessário cuidados dos cristãos em não se juntarem aos pensamentos pós-modernos que são antibíblicos, mas homem pós-moderno é apenas fruto do decorrer da sociedade e seu afastamento de Deus, como foi dito já, eles perderam seus fundamentos, não sabem mais no que crer, portanto a igreja tem seu dever neste ponto, não é apenas olhar para eles como produtos de evangelização, mas sim como uma sociedade que precisa de fundamentos, uma sociedade perdida, e como diz Alan Ricardo só se acha aquilo que está perdido. Portanto, o dever da igreja não é se isolar, mas ajudar estas pessoas trazendo um fundamento a elas, este fundamento, esta ética só o Senhor tem, fazer amizades não é errado, ao contrário é importante, porem sabendo que amizade não é fazer e nem compactuar com os pecados da sociedade.
            Em segundo lugar, pelo contexto no qual a igreja vive, não é motivo de parar de viver. A vida é um dom de Deus, nos temos esta liberdade cristã, somos livres, e podemos muitas coisas, só não podemos pecar, e pecar seria fazer algumas coisa que não glorifique a Deus. Isto também faz parte da espiritualidade cristã, viver, o ser humano dotado de sentimentos e desejos e isto deve ser cuidado, isolar-se no mundo seria não satisfaze  a vontade do homem, sempre segundo a vontade divina. Portanto, numa sociedade caótica, preocupante, descrente, o jovem cristão deve continuar a viver, e viver normalmente, nada pode nos abalar. Essa foi a vontade divina para Israel que estava cativa na Babilonia, lugar de outros costumes e crenças, mas o Senhor ordenou a eles por intermédio de Jeremias que continuassem a viver, e viver normalmente ( Jr 29. 4-14).
            Em terceiro lugar, o sal só pode salgar, a luz só pode iluminar se influenciarmos a sociedade através de nossas vidas. Que a sociedade ache em nós o que inconscientemente eles tanto procuram. Igreja não significa, povo chamado para dentro, mas sim o povo chamado para fora, nossa missão é extramuros.
            Portanto, segue aqui esta pequena reflexão, o cristianismo perde muito fieis entristecidos por uma religião que aprisiona o fiel dentro de paredes e não permitem viver. Que seja a busca da igreja nos dias de hoje, em conscientizar todos as formas de viver normalmente neste mundo sem ser deste mundo, sendo também exemplo, e não viver presos e sem vida, porque viver é ser espiritual, afinal “quanto mais humano nós somos, mais espirituais nos tornamos. Que cresça uma igreja santa sadia, feliz e que faça diferença na sociedade de hoje.






BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Alan Ricardo- Aula em sala de aula, IBAD, 2011
GASTALDI, Ìtalo. Educar e Evangelizar na PÓS-MODERNIDADE. 4º Ed. São Paulo, Editora Salesianas, 1998
PIPER, John.
SANTOS JÚNIOR, Reginaldo José. REFLEXÕES SOBRE EVANGELIZAÇÃO NA PÓS-MODERNIDADE
RAMOS, Robson. Evangelização no Mercado Pós-Moderno. Viçosa, Ultimato, 2003.
STEVENS, Paul, Espiritualidade na Prática, Viçosa, Ultimato


[1]Graduado em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembléias de Deus,
Bacharel em Teologia pela Faculdade Boas Novas – AM,
Pós-graduando em Filosofia pela Universidade Gama Filho - SP
Email: arthur.nantes@gmail.com
[2] A expressão "A morte de Deus" refere-se ao conceito do filósofo Friedrich Nietzshe, na qual em sua critica ao cristianismo e a religião junto a um olhar sociológico de seu tempo chega a conclusão que Deus não era mais o centro de todas as coisas, passando assim a dizer que Deus morreu.
[3] Influenciado pelo pensamento de construir uma sociedade perfeita, Hitler foi o comandante de um dos massacres que mancharam a historia da humanidade.